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Você Já Sentiu o Calor do Fogo?

Atualizado: 1 de jul. de 2024


O fogo pode transmutar

Existem várias formas de saber que o fogo queima. Você pode colocar a mão no fogo e aprender da maneira mais dolorosa, pode ver alguém se queimar e aprender com a experiência dos outros, ou pode ouvir o conselho de alguém que já se queimou.


Se você alguma vez já se queimou, sabe como dói. Como mãe e dona de casa, eu já me queimei incontáveis vezes na cozinha e, para ser honesta, continuo me queimando até hoje, rsrsrs. Não sou exatamente o tipo mais atento. E hoje, depois de mais uma queimadura na panela, me perguntei: Até quando vou insistir em fazer tudo da mesma forma? Até quando vou permitir queimar minha mão? Até quando vou suportar essa dor?


A Dor do Conhecido

Se você é a responsável pela alimentação na sua casa, sabe que a palavra "desistir" não faz parte do seu vocabulário. Afinal, queimar a mão pode ser apenas uma consequência de cozinhar do jeito que você cozinha. A pomada que cura e a dorzinha dessas queimaduras já são familiares. Melhor uma dor conhecida do que uma desconhecida, certo? Vai que a nova dor seja ainda pior!


Ansiedade e Pânico: A Dor da Alma

Eu também já pensei assim, na cozinha e na vida. Também preferi a dor do conhecido a correr o risco de uma dor maior. A consequência dessa teimosia foi uma ansiedade fora de controle que me levou à depressão. Me achando uma guerreira como Xena, recusei tratamento. Afinal, como uma guerreira podia se render? Isso me levou à síndrome do pânico.


Se você acha que busquei ajuda nesse ponto, vou te decepcionar. Assim como as queimaduras da cozinha, me acostumei com as crises. Congelava nos lugares mais inesperados, chorava no banheiro, no carro, evitava multidões e me olhava no espelho dizendo: "Você não pode enlouquecer, seja adulta e se acalme." Claro que essa estratégia não funcionou por muito tempo porque, ao contrário da queimadura da cozinha, essa doía na alma. Chegou uma hora em que não dava mais para esperar chegar ao banheiro ou evitar a multidão e eu fui parar no pronto-socorro.


Mudança de Perspectiva

Mas se você pensa que isso me fez mudar, vou te decepcionar novamente. Saí do pronto-socorro mais brava e revoltada. Que audácia daquela médica me dizer que eu precisava de um psiquiatra, logo eu Xena a mulher guerreira rsrsrs! A panela não devia estar quente o suficiente ainda, pelo visto, e eu ainda achava que podia aguentar mais dor. Continuei fazendo as mesmas coisas, e claro obtendo as mesmas respostas.

Comprovei a teoria de Albert Einstein, rsrsrsr.


Mas chega um dia em que a bolha da queimadura já não cicatriza mais, e qualquer calorzinho já é insuportável. Eu precisei chegar a esse ponto para entender que precisava de ajuda, que precisava sair daquele lugar que hoje brinco ser como as fossas das Marianas, porque o fundo do poço era coisa de principiante.


A Busca por Ajuda

Claro, como muitos, achei que haveria uma pílula mágica que resolveria tudo em 3, 2, 1. Quando isso não aconteceu, veio a frustração e a vontade de desistir de tudo, mas a dor daquele lugar era algo que eu não estava disposta a suportar mais. Comecei a buscar qualquer coisa que alguém dissesse que funcionava. Já fez isso também? Já deixou chegar a um ponto tão crítico que aceita qualquer coisa?


Reflexão e Transformação

Calma, respira. Você não está sozinha nessas "queimadas" da vida. Tem como sair desse lugar. Eu saí, e tudo começou entendendo o que eu queria no lugar de tudo aquilo. Porque até aquele momento, tudo que eu pensava era: "Eu não quero mais chorar, ter medo, congelar, passar vergonha, ser fraca. Não quero mais me sentir assim, assado, frito ou cozido." Eu sabia bem o que não queria, mas não sabia ou não entendia o que queria de verdade no lugar de tudo aquilo.


Foi só quando comecei a imaginar como queria me sentir, o que queria alcançar, que as coisas começaram a mudar. Decidi que queria paz, confiança e alegria. Busquei ajuda profissional, me permiti aprender com os erros e parei de ver a vulnerabilidade como fraqueza, busquei o autoconhecimento. Passei a cuidar de mim com o mesmo carinho que tenho ao cuidar da minha família.


Permita-se

Então, a você que lê isso e sente que está queimando sua mão repetidamente, eu digo: você merece mais do que essa dor familiar. Permita-se buscar novas formas, permita-se pedir ajuda. Não espere a dor ficar insuportável. Você é forte o suficiente para mudar e se dar uma nova chance.

Vamos juntas nessa jornada?


Luciana Valente.




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Luciana Valente

Especialista Transformacional

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